A Itália é politicamente dividida em três partes: Sul, também conhecido como Baixa Itália, Centro e Norte ou Alta Itália.
Na divisão Norte encontram-se as seguintes regiões: Valle d’Aosta, Piemonte, Liguria, Lombardia, Trentino-Alto Adige, Veneto, Friuli-Venezia Giulia e Emilia Romagna.
Os membros da família Briatore estão concentrados na região do Piemonte, distribuídos em 81 comunas (cidades). É provável que o número atual esteja perto de dois mil integrantes. Ver a distribuição no mapa.
Estas são algumas cidades italianas onde há membros da família:
Garessio, Mondovi, Torino, Priola, Torre Mondovi, Pamparato, Ceva, Mombasiglio, Rocca de Baldi, Incisa, Scapaccino, Bagnasco, San Gillio, Rivalta di Torino, Massazza, Bruino, Settimo Torinese, Orbassano, Beinette, Narzole, Vezza d’Alba, Rivoli, Magliano Alpi, Caraglio, Grinzane Cavour, Cuneo, San Michele Mondovi, Dronero, Roccavione, Biella, Niella Tanaro, Tollegno, Clavesana, Roccaforte Mondovi, Bistagno, Coazze, Briaglia, Montaldo di Mondovi, Sampeyre e Roburent.
Os antepassados que imigraram para o Brasil vieram da pequena comuna de Priola, que fica 537 metros acima do nível do mar, da região montanhosa do Alto Vale Tanaro com picos de até 1474 metros acima do nível mar. A comuna fica aproximadamente 100 km do Porto de Genova.
|
Cidade de Priola |
No censo de 2001, Priola registrou o total de 804 habitantes, prioleses, distribuídos em 382 núcleos familiares compostos numa média de 2,10 pessoas por família. Sua densidade populacional é de 29,67 habitantes por quilômetro quadrado. Na cidade ainda habitam 21 membros da família Briatore. Os dez sobrenomes mais conhecidos em Priola são: Canavese, Bianco, Roberi, Briatore, Marsilio, Peirano, Canova, Musso, Clavario e Battaglia. Em 1875, ano em que o avô Vittorio veio para o Brasil, Priola contava com 1700 habitantes. A seguir temos alguns fatos históricos sobre a comuna:
“Nos tempos antigos, a comuna se chamava Petra Auriola, um nome derivado da presença de ouro nas entranhas das montanhas próximas.
Num documento muito antigo que remonta o ano de 967 d.C., consta que o imperador Ottone I doou ao marquês Aleramo, os países do Alto Vale Tanaro, incluindo também a comuna de Priola. O próximo registro, já em 1033, foi a doação do feudo pelo marquês Olderico Manfredi em favor do monastério de S. Giusto em Susa.
|
Ruínas do Monastério S. Giusto |
Já em 1260 o conde Carlo de Provenza, senhor de Alba, expulsou de lá os marqueses de Ceva e cedeu à comuna de Asti. Entre os muitos senhores que seguiram revezando no domínio do país, os membros da família Pallavicino acabaram assumindo o título de marqueses de Priola.
Em um penhasco, nas proximidades de Tanaro restam as ruínas do castelo forte, de 1300, dos marqueses de Ceva e de Priola. Apesar da imponente maneira com que foi destruído em 1518, ainda podemos ver muitas paredes e a torre de vigia do antigo castelo.
Neste mesmo burgo, encontramos a antiga igreja paroquial de S. Desiderio, fundada em 1270 e depois reconstruída. Na igreja se conserva um altar de madeira e um órgão antigo e precioso.
|
Igreja de S. Desiderio |
Atravessando o Tanaro, e excedendo as ruínas do antigo monastério beneditino de S. Giusto, chegamos aos pedaços de Casario, criada sobre uma pequena colina rica em cerejeiras. Numa posição panorâmica, encontramos a antiga capela de S. Bernardo, construída sobre as ruínas de um forte. Seu interior na forma de um tonel foi decorado com valiosas pinturas à base d’água de 1400, que representam imagens dos santos, entre eles S. Antonio Abate, S. Giorgio, S. Sebastiano e do Cristo Pantocratore.
A paróquia de Casaria que era dedicada a S. Giusto e foi erguida em 1580, mais sua sede foi depois transferida em 1840, para a antiga capela de S. Rocco em 1630. A igreja conserva preciosas pinturas e um órgão de Vegezzi-Bozzi.
|
Paróquia de Pievetta |
A paróquia da divisão Pievetta foi fundada em 1560 e dedicada a Maria Vergine Assunta. Reconstruída por volta de 1690 e terminada, em 1712, no estilo barroco piemontês.”
|
Alto do Vale Tanaro |
Como a neve era muito comum em Priola, segundo palavras do avô Emílio: “Os jovens, para se esquentar no inverno, atiravam bolas de neve uns nos outros.”
Em breve, veremos os motivos que levaram nossos parentes a deixarem Priola e partirem para o Brasil.